Por que o Brasil produz tanto lixo e recicla tão pouco?

Qual é a situação do Brasil em relação a reciclagem?

Apesar de todas as campanhas e debates sobre a proteção dos recursos naturais, a reciclagem no Brasil ainda está no começo. De acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos 2018, elaborado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), em 2018, o país gerou 79 milhões de toneladas de lixo, um aumento de quase 1% em relação ao ano anterior.

Estima-se que apenas 3% dos resíduos secos sejam reciclados, nomeadamente materiais como papel, embalagens, vidro, cartão e plástico. Se considerarmos também os resíduos orgânicos, o percentual não ultrapassa 5% de tudo o que é produzido pela sociedade.

Segundo dados do estudo, o acesso ao consumo e a oferta de produtos com embalagens são elementos que auxiliam para esse constante crescimento. Além do mais, o desperdício de comida, a compra exagerada ou jogar fora o que está perto de vencer são hábitos dos brasileiros. Os restaurantes também costumam servir uma porção maior do que uma pessoa consegue comer, o que gera desperdício.

Qual é o perfil do resíduo produzido no Brasil? Tudo pode ser reaproveitado?

Metade dos materiais produzidos são restos de alimentos: frutas, legumes, verduras e comida preparada. Cerca de 30% é a fração seca, como embalagens, vidro, papel, plástico, papelão, entre outros. O restante são rejeitos que ainda não têm técnica para reciclar ou reaproveitar: restos de tecidos, madeira e resíduos de banheiro.

Para os resíduos orgânicos existem as compostagens que podem ser realizadas em casa, comunidades e empresas. Também é possível gerar energia e gás a partir do lixo orgânico. A fração seca é a que as pessoas conhecem um pouco mais. É a chamada reciclagem mecânica, ou seja, os objetos descartados podem ser úteis novamente. Isso significa que os materiais podem ser reutilizados e virar novas versões de si mesmos.

A valorização dos resíduos é a nossa missão. A Ecopetro atua no gerenciamento de resíduos utilizando tecnologias que possibilitem o reaproveitamento ou neutralização dos materiais industriais.