Lixão de Brasília é desativado e agora só recebe resíduos de obras
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O maior lixão das Américas e o segundo maior do mundo, o Lixão Estrutural de Brasília, começa a receber entulhos de obras hoje, dia 29. Fechado há uma semana, o lixão estava ativo desde 1950.
A colocação de entulhos, segundo o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), é para auxiliar na recomposição ambiental do local. Para o descarte de entulhos, as empresas devem ser cadastradas e devem depositar os materiais em áreas específicas. Até o momento já existem 130 empresas cadastradas e autorizadas a fazer a destinação de resíduos.
Na intenção de fiscalizar o descarte indevido no lixão, a Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) utiliza drones para monitorar a área de 4 hectares. Os catadores que ali trabalhavam foram redirecionados para trabalhar em galpões de reciclagem.
Lixo seco e lixo orgânico terão destinos diferentes. O lixo seco será coletado pelos caminhões de coleta seletiva, levado a um dos cinco galpões alugados pela SLU, separado pela equipe de aproximadamente 300 catadores e vendido para ser reaproveitado. O lixo orgânico ou “molhado”, que não pode ser reciclado, será coletado pelo caminhão comum e descartado no Aterro Sanitário de Brasília, em Samambaia.
Lixões
Os lixões municipais foram erradicados pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e o prazo para o fechamento desses foi agosto de 2014. No entanto, mais de 50% dos munícipios não conseguiram se adequar. Sendo assim, o governo brasileiro postergou o prazo para 2021.
O grande problema dos lixões é que os resíduos são depositados a céu aberto, sem nenhum tipo de tratamento. Os materiais entram em decomposição sem controle ambiental, emitindo o gás natural metano, agravante do efeito estufa, e o chorume, líquido altamente poluente.
O terreno dos lixões não é impermeabilizado, portanto, o chorume pode chegar ao lençol freático, impactando a qualidade da água, fauna, flora e a saúde pública.